Green Investment Niche Opens in Portugal as Foreign Buyer Market Cools

Oportunidade verde: casas mais baratas podem ser a chance de investir em eficiência energética Uma recente diminuição no volume de compradores estrangeiros n...

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Oportunidade verde: casas mais baratas podem ser a chance de investir em eficiência energética

Uma recente diminuição no volume de compradores estrangeiros no mercado imobiliário português está a criar novas dinâmicas de investimento, com um foco crescente na eficiência energética. A redução da concorrência internacional, que atingiu o seu nível mais baixo desde 2021, poderá tornar algumas habitações mais acessíveis, especialmente fora dos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que os compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foram responsáveis por apenas 4,9% das transações imobiliárias no segundo trimestre de 2025. Este valor representa uma quebra face aos mais de 6% registados há dois anos. A mudança ocorre num contexto de alterações legislativas, nomeadamente o fim do programa de Autorização de Residência para Investimento (Visto Gold) na sua modalidade imobiliária e ajustes no regime fiscal para residentes não habituais (RNH).

Este novo enquadramento de mercado é visto por especialistas como uma oportunidade estratégica. José Trovão, Head de Energia no portal ComparaJá, destaca que o cenário atual não representa apenas uma oportunidade para a aquisição de imóveis, mas também “uma hipótese de investir em melhorias que aumentem a eficiência energética”. A instalação de isolamentos mais eficazes, sistemas de aquecimento eficientes ou painéis solares pode, segundo Trovão, “reduzir significativamente as despesas mensais de eletricidade e gás”.

O governo português tem em vigor diversos programas de apoio à reabilitação energética de edifícios. O Fundo Ambiental, por exemplo, disponibiliza incentivos para a instalação de painéis solares, a substituição de janelas por modelos mais eficientes e a aplicação de isolamento térmico. Estes subsídios visam tornar o investimento inicial mais comportável, com a promessa de poupanças a médio e longo prazo na fatura energética.

A combinação de uma menor pressão por parte de compradores internacionais, o que pode levar a uma estabilização ou ligeira correção de preços em certos segmentos, e a disponibilidade de incentivos estatais para a eficiência energética, cria uma conjuntura favorável. “Comprar casa é sempre um grande investimento, mas neste momento, quem optar por imóveis com potencial de eficiência energética pode reduzir drasticamente custos mensais”, reforça José Trovão.

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As oportunidades mais evidentes poderão encontrar-se em áreas fora dos centros urbanos mais pressionados. Cidades do interior e algumas zonas costeiras menos exploradas pelo turismo de massas oferecem imóveis com preços mais competitivos. O investimento nestas regiões pode beneficiar não só de melhores condições de aquisição, mas também de um maior potencial de valorização futura, à medida que a procura se diversifica geograficamente.

A alteração no perfil da procura, com uma menor participação estrangeira, poderá estar a sinalizar uma mudança estrutural no mercado imobiliário português. Para os investidores e compradores nacionais, este poderá ser um momento estratégico para adquirir e reabilitar imóveis, apostando na sustentabilidade como um fator de valorização e de redução de custos operacionais a longo prazo.

A decisão de investir num imóvel com o objetivo de melhorar a sua performance energética pode, assim, transformar-se numa decisão financeiramente inteligente e alinhada com as crescentes preocupações ambientais.

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